terça-feira, 13 de maio de 2014

Segurança

A longa carta do governador, uma tentativa de responder às críticas pertinentes a violência que reina no estado, seria ridícula se não fosse trágica.

De um lado nega os dados coligidos pela ONU taxando de mentirosas as informações veiculadas pela imprensa. Uma demonstração de cinismo e desrespeito à sofrida população cearense que vive um clima de insegurança que a todos apavora.

De outro lado chama de eleitoreira a reiterada denúncia feita políticos a propósito do caos da segurança pública. Falta humildade e bom senso ao governador para reconhecer o fracasso de sua política para o setor.

O grave é que tenha se elegido em 2006 com uma mirabolante proposta para, nos termos que empregou época, "acabar com a violência". Presunção e irresponsabilidade juntas. Durante a campanha demonstrei em sucessivas oportunidades que a promessa era inviável.

Falou mais alto a credulidade e ansiedade do eleitor em relação ao discurso do candidato recomendado por prestigiosas lideranças estaduais e nacionais e assim foi vitorioso.

A promessa do candidato se transformou no fracasso do governador alimentado por vultosas somas o que não diminui, antes agrava, seu retumbante insucesso.

A falácia do seu discurso de campanha só se explica por incompetência, não tinha noção do que dizia, ou má fé, não tinha ideia do que prometia. O mais provável é que tenha sido uma soma das duas coisas.

O fato é que o fosso entre promessa de candidato e inação do governo tenha redundado em um gigantesco estelionato que passa à história como uma fraude a não esquecer. 

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